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quarta-feira, 20 de novembro de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
Noites cariocas - resenha crítica
Esta resenha crítica que compartilho com vocês foi inscrita no concurso da Biblioteca do Professor, da Secretaria Municipal de Educação. Não fui selecionada, mas gostei muito do resultado. Então, aqui está ela postada no meu blog, reino onde sou soberana!
“Noites Cariocas” é, ao mesmo tempo, um
livro autobiográfico, onde o autor fala de seus amores, sucessos e fracassos e
um registro histórico ricamente detalhado sobre a música brasileira do fim dos
anos 50 ao início dos anos 90, escrito por quem viveu intensamente este
período. Logo no começo, devo deixar bem claro: ai, que inveja do Nelson Motta!
Que vontade de ter tido, como ele, uma relação tão estreita com fatos e
personalidades que só posso conhecer através de livros, revistas, TV e sites de
busca...
Nelson Motta inicia o livro confessando
o impensável: “Eu não gostava de música”.
Aos 13 anos, não gostava das músicas que ouvia no rádio, melodramáticos boleros
e sambas-canções que nada diziam para aquele garoto de classe média de
Copacabana. Porém, em 1958 ouviu “Chega de saudade”, de João Gilberto. João
Gilberto era o representante maior da Bossa Nova, um ritmo diferente de tudo
que já havia sido tocado, intimista, moderno e que traduzia o Rio de Janeiro
que era tão familiar a Nelson Motta. A partir daí, o jovem Nelson decide que a
música entraria em sua vida e lá permaneceria, para sempre. Percorreu longo
caminho, das frustrantes aulas de violão até a trajetória de sucesso como
jornalista, produtor, compositor, diretor artístico, crítico musical, entre
outras funções.
Credito boa parte do sucesso do livro à
relação que o autor estabelece entre o momento histórico e político e o
panorama musical. Faz muito sentido, por exemplo, quando Nelson Motta (ou
Nelsomotta, como dizia Tim Maia) fala dos festivais dos anos 60, verdadeiras
arenas de amor e ódio, onde quem não cantava o que a platéia queria ouvir
(músicas engajadas, na sua maioria) era lançado às chamas do inferno dos
alienados. Afinal, se em tempos de repressão a liberdade de expressão era
proibida e combatida das mais diversas formas, as arquibancadas dos festivais
eram terreno livre onde se podia discordar, xingar e vaiar, ainda que os alvos
fossem clássicos da música brasileira, como “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom
Jobim e “Alegria, alegria”, de Caetano Veloso.
Nesta “batida” são apresentados os anos
70, o desbunde e a perseguição aos artistas, sejam aqueles que desafiavam a
ditadura, sejam aqueles que dela se aproveitavam ou procuravam manter-se alheios
a ela; os anos 80 e seu rock BR debochado e alienado (afinal, somos a Geração
Coca-Cola que o Legião Urbana cantou), surgindo na onda da redemocratização e,
por fim, os famigerados anos 90 da era Collor, do impeachment e da invasão da
música sertaneja, tomando espaço dos grandes nomes da MPB nas gravadoras e nas
rádios.
Além da dobradinha sensacional entre
música e política, o humor permeia a maioria das histórias e é garantia de
muitas risadas, como quando fala do Big Boy, o maior disc-jockey da história do
rádio brasileiro, que por muito tempo foi a personalidade secreta do professor
de Geografia do Colégio de Aplicação da Lagoa Newton Duarte: “Tímido e tenso, gorducho e sorridente,
Newton Duarte se transformava diante do microfone. Sua voz metálica metralhava
palavras em ritmo vertiginoso e espantosa precisão, criava gírias e novas
expressões e apresentava aos jovens cariocas as últimas novidades do rock
internacional”. Pela manhã, dava aulas. À tarde, transformava-se no Big Boy
diante do microfone da Rádio Nacional. Por algum tempo seguiu em sua vida dupla
até que um dia, no meio de uma tediosa aula, o professor Newton, sempre de
paletó e gravata e carregando uma misteriosa e pesadíssima pasta que nunca
abria, parou sua preleção e soltou seu grito de guerra como Big Boy__ “Hello, crazy people!”. Os alunos,
muitos deles fãs do Big Boy, ficaram enlouquecidos, jogando cadernos e livros
para o alto. “Arrancando a gravata e
tirando o paletó, o professor Newton abriu sua famosa pasta e começou a jogar
discos, discos e mais discos para os alunos, “Discos para todos!”, gritava e
gargalhava histericamente, falando vertiginosamente uma torrente de loucuras e
proclamando que sua verdadeira identidade era Big Boy e que o professor Newton
estava morto. A porta se abriu e ele foi interrompido pelo diretor furioso,
pediu demissão no ato e saiu ovacionado pelos alunos.” Se a moda pega...
Porém, quando o autor fala da sua
estadia na Itália em 1983, para expurgar-se da bebida, da cocaína e do fim
abrupto de um amor, a narrativa fica meio morna. Apesar de fazer parte de suas
memórias, ser uma fase da vida do autor, não me despertou muito interesse, pois
o fascínio do livro é ser o retrato de um grande momento da música brasileira e
de seus personagens. No entanto, faz parte do “pacote” e a vida é assim, cheia
de altos e baixos...
Bem, nem preciso dizer que recomendo a
leitura deste livro. Mais ainda, quero compartilhar com vocês a minha história
com “Noites Cariocas”, o quanto eu quis lê-lo. Ele não foi o livro que recebi
na época da distribuição na minha escola. Quando eu fui à secretaria, já não
tinha mais exemplares dele ... Quase dois anos depois, eu estava trabalhando na
5ª Coordenadoria de Educação e encontrei na biblioteca montada na GED dois exemplares
de “Noites Tropicais”! Ofereci um outro livro da Biblioteca do Professor que eu
tinha, o qual não constava do acervo da GED e, em troca, recebi um exemplar de
“Noites Tropicais”!
Levei para casa o livro apertado ao
peito e na folha de rosto escrevi a dedicatória: Um livro conquistado!
jan/2012
quarta-feira, 10 de abril de 2013

* OBJETIVO: discutir a atualidade dos contos de fadas em tempos de priorização dos avanços tecnológicos, e instrumentalizar contadores de histórias e afins a contar histórias de forma criativa e envolvente. Contar contos de fadas é necessário, como também é necessário instrumentalizar artisticamente aqueles que desejam abraçar a tarefa de não deixar morrer as histórias que compõem uma boa parte do legado cultural da humanidade, para que o façam com prazer e excelência.
* PROGRAMA:- Os Contos de Fadas:- Onde os contos de Fadas surgiram / Origens / Fontes
- Contadores de histórias célebres
- Contos de Fadas e mundo digital: há convivência possível?
- Características dos contos de fadas
- Aspectos psicológicos dos contos de fadas
- Atividades lúdicas / Dinâmicas de grupo
- Morfologia dos Contos
- Contação de histórias
- Estudo de contos e preparação para contação
- Apostila e bibliografia
- Entrega de certificados
*MINISTRANTE: Rosa Dias (professora de Sala de Leitura/SMERJ, formação em Psicologia, atriz e contadora de histórias)
* INVESTIMENTO: R$100,00
* INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: rosmnd@bol.com.br
http://www.ccjf.trf2.gov.br/
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